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Conheça as mulheres que brilharam no Oscar 2020

  • Foto do escritor: Giovana Costa
    Giovana Costa
  • 10 de fev. de 2020
  • 5 min de leitura

Confira quais profissionais levaram a estatueta, dentre outros importantes destaques


Kwak Sin Ae agradece ao receber o prêmio de Melhor Filme por “Parasita” | Foto: Culturadoria

No ano passado, quinze mulheres foram premiadas no Oscar 2019 quando um recorde de representatividade foi estabelecido. Este ano, treze mulheres foram vitoriosas na 92ª edição da premiação que aconteceu em Los Angeles, neste domingo (9).

“Às meninas, às mulheres, às mães, às filhas que escutam música dentro de si, por favor, falem alto. Precisamos ouvir a voz de vocês”. Foi com estas palavras que a islandesa Hildur Guðnadóttir terminou seu discurso. Ela tornou-se a quarta mulher na história da premiação a ganhar o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original pelo aclamado "Coringa". A última vez que uma mulher ganhou nesta categoria foi quando a compositora britânica Anne Dudley levou em 1997 por "Ou Tudo Ou Nada". Dentre as outras vencedoras do prêmio estão: a compositora britânica Rachel Portman por "Emma" (1996) e a letrista americana Marilyn Bergman, numa parceria com Michael Legrand e Alan Bergman, por "Yentl" (1983).

Felizmente, a diversidade foi um ponto alto nesta edição, pois apesar de nenhuma diretora ter sido indicada ao prêmio de Melhor Direção, fazendo um recorte de gênero é possível perceber que dentre as mulheres, profissionais não-brancas também foram reconhecidas, o que é muito significativo. Juntamente ao diretor Bong Joon Ho, a produtora sul-coreana Kwak Sin Ae levou o troféu de Melhor Filme pelo excelente "Parasita" (que também foi premiado nas categorias Melhor Roteiro Original, Melhor Direção e Melhor Filme Internacional), tornando-se o primeiro filme de língua não-inglesa a ganhar o prêmio. Enquanto a produtora americana Karen Rupert Toliver, junto com o diretor Matthew A. Cherry, ganhou o Oscar de Melhor Curta de Animação pelo gracioso “Hair Love”, que retrata o amor pelos cabelos crespos e cacheados.


Matthew A. Cherry e Karen Rupert Toliver comemoram a vitória por “Hair Love” | Foto: Oscars

Julia Reichert e Steven Bognar levaram o prêmio de Melhor Documentário de Longa-Metragem por "Indústria Americana", longa que traz denúncias essenciais sobre o trabalho. Logicamente, o discurso de agradecimento não poderia trazer um tom diferente: "Nosso filme é de Ohio, mas também da China, e poderia ser de qualquer lugar onde as pessoas vestem um uniforme e vão trabalhar para trazer uma vida melhor para sua família. Trabalhadores e operários têm uma vida cada vez mais difícil. E nós acreditamos que a vida vai melhorar quando os trabalhadores do mundo se unirem". Reichert terminou seu discurso citando a frase "Workers of the world, unite!" ("trabalhadores do mundo, uni-vos"), um dos trechos mais marcantes do "Manifesto comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels (1848).

"Este filme é a minha carta de amor para as corajosas garotas do Afeganistão" afirmou a americana Carol Dysinger juntamente com Elena Andreicheva ao receber o Oscar de Melhor Documentário de Curta-Metragem pelo incrível “Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)”. Renée Zellweger, favorita e premiada em outras premiações pelo mesmo papel, ganhou o Oscar de Melhor Atriz por "Judy: Muito Além do Arco-Íris". Enquanto Laura Dern, também considerada uma das prediletas para o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, levou a estatueta para casa por “História de um Casamento”. A figurinista britânica Jacqueline Durran levou a estatueta Melhor Figurino por seu excelente trabalho em "Adoráveis Mulheres". Enquanto as maquiadoras Kazuhiro Tsuji, Anne Morgan, Vivian Baker ganharam o prêmio de Melhor Maquiagem e Penteado pelo magnífico feito em "O Escândalo". Já o Oscar de Melhor Design de Produção foi entregue a designer Barbara Ling e a diretora de arte Nancy Haigh, pelo visual incrível de "Era Uma Vez Em... Hollywood".


Destaques importantes

Apesar de não estar concorrendo a nenhum prêmio, a atriz Natalie Portman se manifestou sobre as diretoras que foram esnobadas pelo Oscar 2020 através de sua roupa. Na capa de seu vestido estavam bordados os nomes de diretoras como Greta Gerwig por "Adoráveis Mulheres", indicado a Melhor Filme mas não a Melhor Direção. Assim como também foram homenageadas Lulu Wang ("A despedida"), Melina Matsoukas ("Queen & Slim"), Kasi Lemmons (“Harriet”), Marielle Heller ("Um lindo dia na vizinhança"), Lorene Scafaria ("Atlantique"), Alma Har'el ("Honey Boy") e Céline Sciamma ("Retrato de uma jovem em chamas"). “Eu quis homenagear as mulheres que não foram reconhecidas pelo trabalho incrível que fizeram este ano”, revelou a atriz durante entrevista no tapete vermelho.


Natalie Portman e o detalhe que fez toda diferença em seu look | Foto: Kevin Mazur, Amy Sussman/Getty Images


A maestrina e compositora irlandesa Eímear Noone fez história no Oscar 2020: se tornou a primeira mulher a reger a orquestra do Oscar em 92 anos de premiação para apresentar as trilhas indicadas ao prêmio de Melhor Trilha Sonora Original. Responsável por compor a trilha do jogo "World of Warcraft", ela também foi a primeira a reger a Orquestra Nacional de Dublin. Noone foi apresentada pelas atrizes Brie Larson, Sigourney Weaver e Gal Gadot — Capitã Marvel, Tenente Ripley e Mulher Maravilha — que subiram ao palco juntas e deixaram uma importante mensagem: "Todas as mulheres são super heroínas".

Em seu discurso de agradecimento pelo Oscar de Melhor Ator, Joaquim Phoenix, que têm usado com frequência sua voz e o espaço das premiações para falar sobre importantes temas, fez uma autocrítica, falou sobre o meio ambiente e criticou as desigualdades sociais. Aclamado por seu papel em “Coringa”, ele agradeceu e fez uma importante fala: "Seja falando sobre desigualdade de gênero, racismo, direitos dos LGBTs, dos indígenas ou dos animais, estamos falando sobre lutar contra a ideia de que uma nação, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outros sem impunidade. Acredito que nos desconectamos demais do mundo natural e nos sentimos culpados por ter uma visão egocêntrica", revelou ao mostrar-se um grande aliado em relação a mudança.


Você pode conferir a lista completa das vitórias da premiação abaixo:


MELHOR FILME

- Parasita


MELHOR ATOR

- Joaquin Phoenix (Coringa)


MELHOR ATRIZ

- Renée Zellweger (Judy: Muito Além do Arco-Íris)


MELHOR ATOR COADJUVANTE

- Brad Pitt (Era Uma Vez Em... Hollywood)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

- Laura Dern (História de um Casamento)


MELHOR ANIMAÇÃO

- Toy Story 4


MELHOR FOTOGRAFIA

- 1917


MELHOR FIGURINO

- Jacqueline Durran (Adoráveis Mulheres)


MELHOR DIREÇÃO

- Bong Joon Ho (Parasita)


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA-METRAGEM

- Indústria Americana - Julia Reichert, Steven Bognar


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

- Learning to Skateboard In a Warzone (If You're A Girl) - Carol Dysinger, Elena Andreicheva


MELHOR MONTAGEM

- Ford vs Ferrari


MELHOR FILME INTERNACIONAL

- Parasita


MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO

- Kazuhiro Tsuji, Anne Morgan, Vivian Baker (O Escândalo)


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

- Coringa - Hildur Guðnadóttir


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

- Rocketman com "(I'm Gonna) Love Me Again"


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

- Era Uma Vez Em... Hollywood - Barbara Ling, Nancy Haigh


MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM

- Hair Love - Karen Rupert Toliver, Matthew A. Cherry


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

- The Neighbors' Window


MELHOR EDIÇÃO DE SOM

- Ford vs Ferrari


MELHOR MIXAGEM DE SOM

- 1917


MELHORES EFEITOS VISUAIS

- 1917


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Taika Waititi (JoJo Rabbit)


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

- Bong Joon Ho e Han Jin Won (Parasita)


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